quarta-feira, 27 de junho de 2012

Palavras Vivas

Porque escrevo
Não sei o seu exato motivo
Algumas vezes, as palavras saltam
As ideias simplesmente surgem

A mensagem, o poema se expande
Perdem a a própria noção de espaço
Precisa ser escrito, ser compartilhado
As ideias fogem do campo do pensamento

As palavras criam forma, criam vida
Elas precisam ser notadas
Elas saltam a folha em branco
Fazendo a sua função de existir

Menino

Quantos anos já passaram.
Como as coisas mudaram tanto.
Quantos já se foram.
Quanta saudade ficou.

Viagens sem volta.
Transformações, regresso.
Cinzas espalhadas pelo chão.
Arrependimentos.

Mudaram,
O tempo, as pessoas, o mundo.
Eu mudei, quem era, quem sou.

O que me faz estar aqui?
Aquele menino ingenuo.
Aquele que fui e num sou, mais ainda existe.

segunda-feira, 25 de junho de 2012

De Protagonista a Espectador

Quem sabe um dia poderei explicar para mim mesmo.
Um dia ainda saberei como mudei.
Mas da vida faz-se o espetáculo.
E um dia me tornei o seu espectador.

Deixei de viver, será que assim foi feito.
Tornei-me um observador, diante de um mundo corrompido.
Essa é a verdadeira natureza.
Será que do mundo, não sobrou mais nada a ser sentido.

Questões as quais, só a continuação do espetáculo poderá responder.
Do seu desfecho não espero nada.
Mas sei como a Vida é interessante.

Quem sabe um dia, não abandone a platéia.
E volte a atuar, papeis magníficos.
Um dia o epitáfio respondera.

Continuar Tentando

Já vi desistindo de tanto por tão pouco.
Covardes abandonando tudo na desistência.
Caírem e ficarem jogados na primeira queda.
Perdedores continuarem perdendo, por falta de confiança.

Já vi, batalhas serem vencidas, sem luta.
Corajosos, chorando pelo suar da vitoria.
Quedas e mais quedas seguidos de vontade de continuar tentando.
Já vi que a vida é feita não de campeões, mais sim daqueles que tentaram.

Já cai, levantei.
Desespero e mais força.
Vontade de continuar seguindo em frente.

Não lembro o porque de as vezes ter desistido.
Mas lembrarei sempre, das incógnitas que ficaram.
Das coisas que deixaram de ser vividas.